Fim da República: JBS Implode Michel Temer e Aécio Neves

Agora a casa caiu de vez para os corruptos do PT, PMDB, PSDB e seus aliados. Joesley da JBS implode Michel Temer em delação que expõe os podres do atual presidente ao relatar que o mesmo ofereceu milhões de reais para comprar o silêncio de Eduardo Cunha.

Reportagem do colunista Lauro Jardim e de Guilherme Amado, do jornal O Globo, afirma nesta quarta-feira (17) que o presidente Michel Temer foi gravado já durante o mandato pelos donos da JBS, os irmãos Joesley e Wesley Batista, dando aval para que fosse comprado o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB), preso na Lava Jato.


Em seguida, o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), indicado por Temer para negociar, via propina da JBS, o silêncio de Eduardo Cunha, foi filmado pela Polícia Federal recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. Temer também ouviu do empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: “Tem que manter isso, viu?”.

As gravações foram entregues ao Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira passada. Segundo o colunista Lauro Jardim, Joesley e Wesley entraram apressados na Suprema Corte se seguiram direto para o gabinete do ministro Edson Fachin.

JBS Implode Michel Temer e Aécio Neves

Os donos da JBS estavam acompanhados de mais cinco pessoas, todas da empresa. Diante de Fachin, a quem cabe homologar a delação, os sete presentes ao encontro confirmaram: tudo o que contaram à Procuradoria-Geral da República em abril foi por livre e espontânea vontade, sem coação, afirma o colunista do Globo.


Joesley disse, ainda, que pagou R$ 5 milhões para Eduardo Cunha após sua prisão. O valor é referente a um saldo de propina que o deputado cassado tinha com ele. O empresário também revelou que devia R$ 20 milhões pela tramitação de lei sobre a desoneração tributária do setor de frango.

Segundo Lauro Jardim, “a velocidade supersônica para que a PGR tenha topado a delação tem uma explicação cristalina”: o que a turma da JBS (Joesley sobretudo) tinha nas mãos era algo nunca visto pelos procuradores: conversas comprometedoras gravadas pelo próprio Joesley com Temer e Aécio — além de todo um histórico de propinas distribuídas a políticos nos últimos dez anos. Em duas oportunidades em março, o dono da JBS conversou com o presidente e com o senador tucano levando um gravador escondido — arma que já se revelara certeira sob o bolso do paletó de Sérgio Machado, delator que inaugurou a leva de áudios comprometedores. Ressalte-se que essas conversas, delicadas em qualquer época, ocorreram no período mais agudo da Lava-Jato. Nem que fosse por medo, é de se perguntar: como alguém ainda tinha coragem de tratar desses assuntos de forma tão desabrida?”.


A revelação de que Joesley Batista, dono da JBS, gravou o presidente da República, Michel Temer, com autorização da Justiça, explode a República que começava a respirar após o impeachment de Dilma Rousseff. Agora, é Temer que entra na fila por suposta obstrução de Justiça ao avalizar pagamentos para “calar” Eduardo Cunha.

Outro enrolado, de acordo com a denúncia revelada, é o senador Aécio Neves. Ele pediu R$ 2 milhões a Joesley para pagar advogados de sua defesa na Lava Jato. Mas a PF rastreou o dinheiro e descobriu que foi para a empresa do filho do senador Zezé Perrella, seu aliado em Belo Horizonte

A estratégia da delação não é por acaso e num momento qualquer. A JF Holding está prestes a fazer IPO bilionário na Bolsa de Nova York e os irmãos já tratam com a Justiça americana limpar o nome da empresa para seguir em frente. Os irmãos Batistas, bem orientados por advogados, decidiram pela delação premiada no Brasil e num pagamento de multa nos Estado Unidos numa estratégia para salvar o seu grupo empresarial. Em suma, governos passam, mas a empresa fica. 

Ainda há o caso de Rocha Loures, principal assessor de Temer, que foi filmado pela PF recebendo mala de R$ 500 mil, segundo reportagem do O Globo desta noite. Isso coloca Temer na fila da guilhotina.

Termos:

  • Michel Temer JBS
  • Michel Temer Delação Premiada
  • Delação JBS Michel Temer Aécio Neves
  • Aécio Neves manda matar delator da JBS