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Vacina contra o coronavírus COVID-19 começa a ser testada em humanos

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Um estudo americano de uma possível vacina contra o novo coronavírus COVID-19 iniciou a primeira fase de testes em humanos, anunciou o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID, na sigla em inglês) nessa segunda-feira (16).

A pesquisa envolve 45 adultos saudáveis, que serão observados durante um período de 6 semanas. Cada participante vai receber duas injeções, com um intervalo de um mês entre elas, em doses diferentes.

Neste momento, ainda não existe uma vacina para a CODIV-19, que já matou cerca de 7 mil pessoas em mais de 150 países.

Fase 1 do estudo

A pesquisa, que está na primeira fase, procura mostrar que a vacina é segura e provoca uma resposta desejada por parte do sistema imunológico dos participantes.

Contudo, para provar que o antivírus é eficaz para prevenir o COVID-19 será preciso realizar estudos subsequentes envolvendo mais participantes, o que levará meses, segundo especialistas.

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“Encontrar uma vacina segura e eficaz para prevenir a infecção é uma prioridade urgente de saúde pública”, disse, em nota, Anthony Fauci, médico diretor do NIAID. “Essa fase 1 do estudo, lançada em velocidade recorde, é um importante primeiro passo em direção a esse objetivo”, afirmou.

O estudo é financiado pelo NIAID e conduzido pelo Instituto de Pesquisas de Saúde Kaiser Permanente Washington, na cidade de Seattle. A vacina, que utiliza um material genético chamado mensageiro RNA, foi desenvolvida por cientistas do instituto americano, em colaboração com a empresa de biotecnologia Moderna.

Vacinas experimentais anteriores

Os cientistas já haviam trabalhado anteriormente em vacinas experimentais contra a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), tendo como alvo uma proteína presente na superfície do vírus, o que deu a eles um “começo para o desenvolvimento de uma possível vacina de proteção contra a COVID-19”, afirmou o comunicado.

Enquanto os testes são realizados, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA diz que a maneira mais eficaz de se prevenir contra o vírus é lavar constantemente as mãos e manter distância de grandes grupos de pessoas.

Chefe de Pesquisa da Vacina no Brasil está em Quarentena

Na última sexta-feira (14), o médico Jorge Kalil se dedicava profundamente aos estudos sobre a pandemia do novo coronavírus, no laboratório de imunologia do Instituto do Coração (Incor), do qual é diretor. Ele trabalhava em sua mais recente tarefa: a busca por uma vacina contra o Sars-cov-2, como o vírus é chamado oficialmente.

O imunologista lidera uma equipe composta por cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e do Incor. Há duas semanas, pouco após o primeiro caso diagnosticado no Brasil, os especialistas tentam desenvolver uma forma de imunizar as pessoas contra o Sars-cov-2.
Em meio às pesquisas para a vacina, o médico de 66 anos — os idosos fazem parte do grupo de risco — descobriu que pode ter contraído o novo coronavírus. Nesta segunda-feira (16), o filho dele, de 34 anos, foi diagnosticado com a covid-19, doença causada pelo vírus.