Como investir em Dólar – Dicas para Investidores

Nosso blog não costuma falar sobre investimentos principalmente em como investir em dólar, não temos o costume de abordar assuntos sobre economia e investimentos na bolsa ou coisa parecida. Mas resolvi mudar um pouco o foco do blog que fala basicamente sobre empregos e concursos a partir de agora começaremos a abordar assuntos sobre investimentos e educação financeira.

E hoje basicamente iremos tratar de uma assunto que tem mexido com a cabeça de muitos brasileiros que gostam de economizar o dinheiro e fazer pequenos investimentos. Um dos investimentos que está tendo um certo destaque é o investimento em dólar americano.

Como investir em Dólar – Dicas para Investidores

Como investir em Dólar
Como investir em Dólar

Vejamos se ainda vale a pena investir em dólar e como você deve fazer este investimento, visto que a alta do dólar nos ultimos meses foi crescente e a tendência é aumentar ainda mais.

Segundo o professor de finanças da Fundação Getulio Vargas, Samy Dana, dólar não costuma ser um bom investimento por conta da oscilação da moeda. Mas ele diz que existem algumas formas de aplicar na moeda americana: a primeira é investir em fundos cambiais, ou seja, fundos indexados ao dólar. “É preciso tomar cuidado porque esses fundos não necessariamente operam só dólar e também embutem taxa de administração”, explica.

Outra maneira é comprar minicontratos cambiais, o chamado “Mini Dólar”. “A modalidade consiste em acordos de compra ou venda de dólar em prazos futuros com preços fixados. O investidor escolhe o prazo e faz de acordo com suas necessidades”, diz o economista.

Para fazer a aplicação, é preciso ter conta em uma corretora que trabalhe com esse tipo de operação. “Vale a pena olhar para os custos de corretagem, de custódia e também os emolumentos. Às vezes, no pós-venda do contrato, a corretora cobra uma margem”, explica. Tudo isso precisa ser analisado, afirma Dana.

A recomendação é usar o investimento em dólar como proteção cambial para programar uma viagem ao exterior, fazer um curso fora, importar produtos. “Ajuda a se proteger contra oscilações da moeda”, explica o professor. Quanto ao tipo de dólar, não há um específico. Os fundos e os minicontratos compram pela moeda mais barata no mercado.

De acordo com a revista Exame já não vale mais apenas investir em dólar mesmo com previsão de alta nos próximos meses, vejamos a opinião da jornalista Priscila Yazbek que falou sobre o assunto de forma suscinta, mas não deu muitos detalhes.

“O grande erro da maioria dos investidores é entrar no investimento quando ele já está caro. Quem ganhou com o dólar, ganhou. O grande ‘pulo’ da moeda já foi”, crava Alexandra Almawi, economista da Lerosa Investimentos.

Ela justifica que, com a moeda a 2,40 reais e com a perspectiva de elevação da Selic a 11% ao ano, o dólar teria que subir os mesmos 11% para ser mais vantajoso do que as aplicações de renda fixa. “Isso significa que dólar teria que chegar a 2,66 ou 2,67 reais. É pouco provável que ele traga esse retorno”, esclarece a economista.

Além disso, se forem consideradas as taxas envolvidas nos investimentos, a moeda teria que superar os 2,66 reais. Segundo Alexandra, se para obter ganhos com o dólar o investidor aplicasse em um fundo com taxa de administração de 2% ao ano, para bater a variação de 11% da Selic e ainda a taxa cobrada de 2%, o dólar teria que subir a 2,72 reais.

Segundo a mais recente pesquisa do Boletim Focus do Banco Central, que reflete as perspectivas do mercado, a moeda deve chegar a 2,47 reais até o final de 2014.

Conforme Alexandra acrescenta, o Banco Central ainda não esgotou suas reservas e pode ser mais agressivo para conter a alta da moeda. Afinal, não é interessante para o país ter um real extremamente desvalorizado, já que as nossas dívidas atreladas ao dólar podem deixar as contas do governo ainda mais apertadas.

Renda fixa e dólar tendem a se igualar

Outro fator que explica por que a moeda pode não trazer ganhos superiores aos produtos mais conservadores do mercado consiste no fato de que a variação do dólar e a variação da nossa taxa básica de juros, a Selic, tendem a ter o mesmo desempenho em um período mais longo.

Conforme explica Paulo Bittencourt, diretor técnico da Apogeo Investimentos, um investidor estrangeiro que pretende investir em um país de moeda mais desvalorizada, vai querer que a taxa de juro oferecida supere a inflação deste país (já que a aplicação é na moeda local) e a possível desvalorização cambial prevista. “Por isso o juro acaba, indiretamente, embutindo a inflação mais a variação cambial”, diz.

É o mesmo que dizer que um americano que pretende investir no Brasil vai “exigir” que a taxa de juro oferecida no investimento (que normalmente é balizada pela taxa básica de juros) reflita tanto uma eventual desvalorização do real, que pode ocorrer ao longo dos meses, quanto a inflação do período.

Assim, a taxa básica de juros fixada aqui teoricamente deve contemplar essas duas variáveis. Por esse motivo, a variação da Selic tende a ser a mesma que o dólar ao longo do tempo, resultando no mesmo efeito para uma aplicação em investimentos atrelados à Selic ou ao dólar. “Para quem não vai utilizar o dinheiro no médio prazo, a flutuação do dólar será compensada pela Selic.” Afirma Bittencourt.

Alexandra Almawi também concorda que a nossa taxa de juro já precifica a variação do dólar: “O dólar e o juro precisam caminhar próximos porque no fundo eles refletem a mesma coisa, que é a economia do país”.

Empiricus Research possui uma Opinião Diferente, porque será?

De acordo com os executivos e analistas da Empiricus ainda vale apena investir em dólar este ano, pois a previsão é de que o dólar chegue na casa dos R$3,00 reais a cotação, mas será que a análise da Empiricus Bate? Vejamos um artigo feito ano passado a respeito do dólar quando ele ainda estava na casa dos R$2,10.

Fique claro: é uma volta estrutural, que vem acontecendo gradativamente. Não está livre  de altos e baixos pontuais. Mas é uma volta.

Depois dos fortes dados do PIB, o relatório de emprego dos EUA marcou a criação de 248 mil vagas de trabalho, bem acima das expectativas (de 215 mil).

A taxa de desemprego, que não costuma dizer muita coisa, dessa vez passou uma importante mensagem, pois caiu depois de longo período estática. Marcou 5,9%.

A implicação é um tanto óbvia: reacende o holofote sobre o ritmo de recuperação americana e o – consequente – processo de retirada de estímulos e subida do juro por lá.

E o dólar vai que vai.

Vai para Onde?

Estruturalmente, todos os elementos apontam para mais valorização da divisa americana, que está na casa de R$ 2,50.

Economia forte tem moeda forte, economia fraca tem moeda fraca… O lema poderia resumir a relação atual entre dólar e real – mas há muito mais.

O fim do programa de afrouxamento quantitativo está aí, agora sim, batendo à porta. A última reunião do Fed manteve o ritmo de enxugamento do programa de compra de títulos no mercado a US$ 15 bilhões remanescentes. No máximo, as próximas duas reuniões esgotam esse remanescente, colocando o programa no ponto – enfim – de contração monetária (e não redução da expansão monetária, que ainda é “expansão).

Além disso, há o início do processo de subida dos juros por lá, o que naturalmente atrairá aplicações (dólares) para a economia americana.

Ademais, o real é moeda exótica, de país baseado em commodities com elevada imprevisibilidade de políticas e o chamado beta alto, o que o torna ainda mais sensível às variações de conjuntura. Fator agravado pela provável vitória da situação nas eleições.

Todos os fundamentos apontam para cima, ainda mais para cima. Não fosse a parte artificial da variação, relacionada às intervenções do Banco Central brasileiro, agora dobradas, o dólar estaria acima de R$ 2,60.

Pode haver repiques de curto prazo, mas, em termos de fundamentos, seu lugar é mais próximo de R$ 2,60 do que de R$ 2,40.
Ainda vale a pena

Estamos sugerindo a compra de dólares como “a grande oportunidade macro” desde que a moeda estava a R$ 1,90. A R$ 2,50, obviamente parte do potencial de valorização já foi consumido.

Mas repito, estruturalmente, sigo considerando a exposição a dólares uma boa. Você estará em uma moeda forte, reserva de valor em períodos de turbulência, e respaldado pelos fundamentos (todos).

 

E agora? Será que vale apena investir em dólar?: E como trabalhar com essa aplicação? Usar corretoras seria a melhor opção, as você tem que tomar muito cuidado com as taxas e emolumentos cobrados por essas corretoras, o ideal é procurar aquelas que ofereçam as menores taxas de corretagem e que não cobrem nenhuma comissão pelo rendimento do dólar a longo prazo.